DESAFIO ODS

ODS 12 - Consumo e Produção Responsáveis



  1. EMPRESA - BELLA FLOR

A Bella Flor é uma representante de vendas da Natura, companhia brasileira atuante no setor de cosméticos. A história da instituição começa na década de 90, com a iniciativa de Mariangela Homma em tornar-se uma consultora de cosméticos. Com o passar do tempo, toda experiência adquirida propiciou a oportunidade de crescimento que se fez presente na inauguração da loja, que atualmente possui 4 colaboradores.

  1. OBJETIVO DE DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL: ODS 12 - Consumo e Produção Responsáveis

Para alcançar as metas deste ODS, a mudança nos padrões de consumo e produção se configuram como medidas indispensáveis na redução da pegada ecológica e são a base do desenvolvimento econômico e social sustentável. Neste sentido, há a  promoção da eficiência do uso de recursos energéticos e naturais. Além disso, o objetivo prioriza a informação e a gestão coordenada como pontos chave de ferramentas. 

A loja seria inteiramente afetada, cabendo mudanças estruturais que visam o reaproveitamento de água e diminuição do consumo de energia elétrica dentro dos padrões estabelecidos pela Natura. Ademais, a parceria franqueado e franquia seria estreitada para uma colaboração que visasse a prática da logística reversa, por exemplo, para contribuir com a diminuição do impacto ambiental gerado pelo descarte inadequado de produtos pós-uso, coletando as embalagens vazias dentro da própria loja, evitando descartes incorretos e garantindo que o resíduo seja processado e passe pela transformação correta. 


  1. AS CARACTERÍSTICAS DA BELLA FLOR QUANTO À ODS 12

Por pertencer a uma rede de franquias, a Bella Flor sofre o engessamento das ações de consumo e produção sustentáveis passíveis à aplicação pela unidade, como o design do local e fornecedores fixos de produtos e embalagens, que é a dificuldade encontrada. Ainda sobre as mudanças estruturais, por característica e exigência da franquia a loja deve ser mantida a uma 


temperatura de 23ºC, o que demanda um elevado custo energético para se atender. Mesmo assim, foram identificadas áreas oportunas à otimização, as quais não interferem nas normas impostas aos franqueados. 

Quanto ao consumo, dentre as áreas identificadas sujeitas à melhoria, as mais efetivas e cabíveis à loja estão concentradas no contexto energético e na compra de insumos e consumos internos para manter a loja funcionando, visando a sustentabilidade do comércio a longo prazo.

Já quanto à produção, por se tratar de um retail, não existe manufatura própria no ambiente analisado; porém, de forma análoga, foram constatados pontos cuja melhoria pode ser praticada mesmo dentre as limitações presentes. Nessa área, destacamos a utilização de iniciativas de fidelizar o cliente e estimular o consumo responsável com o retorno da embalagem ao ponto de venda e troca por algum benefício como descontos em produtos ou pequenos brindes. 

Atualmente, a empresa já realiza medidas que visam a produção responsável, como a divulgação e promoção de seus produtos apenas na mídia digital, evitando o consumo de mídias físicas, que costumam causar mais efeitos danosos ao meio ambiente e são descartados incorretamente pelos clientes.


  1. INICIATIVAS PARA IMPLEMENTAÇÃO   

Como a franquia permite certa flexibilidade na opção de frascos para certos produtos de sua linha, é proposto revenda de refil de embalagens com intuito de oferecer um volume maior para recargas futuras dos frascos originais.

As franquias da Natura seguem um caminho sustentável, todavia seria possível também a implementação de políticas que busquem o zero-waste, definido como um plano que busca a redução de consumo de material, reuso e reciclagem (Allen et al., 2012). Isso possibilitaria que o estabelecimento ficasse livre de embalagens, exigindo que os clientes tragam seus próprios materiais de embalagem reciclados, já que a empresa ainda utiliza embalagens de papel.

Referente ao uso de água, mesmo este sendo baixo, com análises das contas da empresa, é viável a instalação de calhas 

interligadas a um sistema de bombeamento implicando a coleta e armazenamento da água da chuva que será utilizada para a higiene do estabelecimento.

Para contornar o problema do ar condicionado e reduzir sua utilização, porém ainda mantendo o padrão de temperatura, é necessário a instalação de recursos que atuem no isolamento térmico, sendo esses:

  1. Aplicação de película de proteção solar na vitrine;

  2. Revestimento do telhado em manta térmica;

  3. Substituição da telha de aço do estoque por telha em material cerâmico.

Quanto à iluminação, no interior da loja existem limitações à padronização imposta. Entretanto, na área externa foi identificado um ponto factível à mudanças: o refletor holofote responsável pela iluminação da fachada. Este tipo de equipamento de iluminação é conectado à rede elétrica, aumentando o consumo de energia. É aconselhado à substituição do aparelho por um refletor solar 100% alimentado por energia solar, que possui um pequeno painel fotovoltaico, sendo um produto de baixo custo.   

Todas estas ações permitiriam, além da otimização de recursos da loja, a atração de “consumidores verdes”, os quais, segundo Fátima Portilho (2005), incluem a variável ambiental em suas decisões de consumo.  

REFERÊNCIAS

ALLEN, C. et al. On the road to Zero Waste: successes and lessons from around the world. Berkeley: Gaia, June 2012.

PORTILHO, F. Consumo sustentável: limites e possibilidades de ambientalização e politização das práticas de consumo. Cadernos Ebape, Rio de janeiro, v. 3, n. 3, maio 2005. Disponível em: <https://doi.org/10.1590/S1679-39512005000300005>. Acesso em: 8 dez. 2020.


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